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sábado, 15 de maio de 2010

"Falar em democracia e silenciar o povo, é uma farsa.
 Falar em humanismo e negar os homens é uma mentira."

Paulo Freire, Pedagogia do oprimido
não quero crianças nem amores. Meu coração está empedrado, para cada batimento, uma boa emoção é aniquilada.

sábado, 1 de maio de 2010








Eis a história do meu amor: nasceu brega, sem pernas e sem braços, incapaz ,até então ,de assegurar sua própria existência.
Felizmente cresceu, se tornou instável, intenso, catártico. e assim, se mantém até hj, perambulando por todas as emoções que se possa sentir.


















terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Reciclar óleo de cozinha




A casa de uma pessoa é o meio ambiente em que ela vive.
É nesse espaço que ela pode perceber que deve cuidar da terra, da água, do ar, do lixo, do consumo de energia elétrica, etc.



Aplicando o princípio da sustentabilidade nesse micro-ambiente, o resultado em escala é a conscientização ampla da sociedade segundo um modelo de equilíbrio entre suas necessidades e a preservação da natureza.
Sustentabilidade significa proceder hoje de modo a tornar o amanhã propício a se viver. Ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente tolerante por uma questão de sobrevivência.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Consciências


" O mundo só será melhor quando for feito de espíritos melhores"



É justamente na simplicidade dessa frase que reside todo seu poder, o entendimento é acessível a todos. O discurso da pretensão por um mundo melhor sempre existiu, mas costumamos delegá-los a posturas nobres de organismos que sempre estão bem distante das nossas ações. Nos abstemos. Nos subvalorizamos, pois sequer acreditamos no potencial que temos de agir.



Nenhum espírito melhora o outro, mas somente cada espírito melhora a si mesmo, eis a grande obra de cada um, o desafio diário para nossas vidas: sermos pessoas e espíritos melhores em todos os aspectos.





trechos de Epicuro:


"Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que
ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz
que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou
já passou a hora de ser feliz."




"Habitua-te a pensar que a morte nada é para nós, visto que todo o mal e todo o bem se encontram na
sensibilidade: e a morte é a privação da sensibilidade."




"O essencial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima: e desta somos nós os amos."




"Se recusas todas as sensações, não terás mais possibilidade de recorrer a nenhum critério para julgar as
que, entre elas, consideras falsas."




"A sensação deve servir-nos para proceder, raciocinando, à indução de verdades que não são acessíveis aos sentidos."




"Formula a seguinte interrogação a respeito de cada desejo: que me sucederá se se cumpre o que quer o
meu desejo? Que me acontecerá se não se cumpre?"




"Quem menos sente a necessidade do amanhã mais alegremente se prepara para o amanhã."




"Recordemos que o futuro não é nosso nem de todo não nosso, para não termos de esperá-lo como se
estivesse para chegar, nem nos desesperarmos como se em absoluto não estivesse para vir."




"Cura as desgraças com a agradecida memória do bem perdido e com a convicção de que é impossível fazer que não exista aquilo que já aconteceu."




"A justiça não tem existência por si própria, mas sempre se encontra nas relações recíprocas, em qualquer
tempo e lugar em que exista um pacto de não produzir nem sofrer dano."




"Não é amigo quem sempre busca a utilidade, nem quem jamais a relaciona com a amizade, porque um
trafica para conseguir a recompensa pelo beneficio e o outro destrói a confiada esperança para o futuro."




"Não é ao jovem que se deve considerar feliz e invejável, mas ao ancião que viveu uma bela vida, O jovem na flor da juventude é instável e é arrastado em todas as direções pela fortuna; pelo contrário, o velho ancorou na velhice como em um porto seguro e os bens que antes esperou cheio de ansiedade e de dúvida os possui agora cingidos com firme e agradecida lembrança."

Toada boêmia


Alguma hora da madrugada que não consigo ao certo identificar. Há o frio, a morbidez esfumaçada, o asfalto umedecido, tudo alocado por mãos mestres no intuito de compor o perfeito cenário. O que esperam dessas horas indefinidas? Nem é a embriaguez da noite, nem o frenesi insano do dia. É uma hora perigosa, limítrofe de todas as sensações e acontecimentos, quem está fora de casa, começa a sentir a fome reclamar, quem está nela, ou se entrega à anestesia do sono, ou à inquietude de querer viver a vadiagem por detrás dos muros. E não poder.
Ainda me questiono se a lógica é justa, custo e recompensa vêm na mesma medida? Talvez, fugindo de becos, safando-se de ter que encarar um espelho no final do dia. Por mais que o ensaboe, que esfregue o rosto, jogue água e mais água, a sujeira está lá, impregnada além da pele,no mais profundo da alma. Nada é capaz de arrancá-la da perfeita instalação chamada consciência. Não é sempre que se precisa de compreensão. Às vezes, suprir um instinto de abrigo, sem a necessidade de ter que se explicar o tempo todo é o maior dos desejos. A rua sempre se enquadrou perfeitamente a essa incumbência.
Passo os olhos em vivos e mortos a todo instante. Os mortos dormem seu sono noturno, os vivos, acordam para as estrelas. Os que têm no limbo o leito, como eu, nem dormem nem são capazes de admirar o brilho do céu. Há uma espécie de cegueira para certas sensibilidades, incurável, cujo único benefício é não sentir a dor da morte que se aproxima a cada segundo respirado. Sabendo desse dom, há muito pouco pelo qual se preservar.
Madrugada, caminho por você como quem não tem mais nada melhor do que simplesmente gastar horas de vida, entre semi-vivos e semi-mortos que a habitam. Disseram-me sobre viver, seria como caminhar entre sanidade e loucura, temperado com a pureza de um homem primitivo. Mas ensinaram-me tarde demais, já não há hora depois do crepúsculo, nem antes do sol se pôr, e a madrugada com suas armadilhas de deboche é a única que me acolhe. Champanhe a ela, à minha anfitriã, não recusou meus remorsos, minha alma imunda, a sordidez impregnada em algo que certa vez me atrevi a chamar de espírito. A condenação é implacável.
A rua tem o vento que sopra livre sem nenhum transeunte a atrapalhar. Tem o medo compartilhado que iguala a todos sob o manto de sombras nas horas altas da madrugada. Eis minha perfeita imagem, vulto, ruídos abafados e obscuridade.